sexta-feira, 27 de novembro de 2009

10.01 - OS MEUS AMIGOS * José Augusto Carvalho

 VERDADES SOBRE O PAPAI NOEL

José Augusto Carvalho


São Nicolau (271-342), bispo de Mira, na Ásia Menor (hoje Turquia), teria realizado vários milagres em vida. Tornou-se venerado em vários países da Europa, sobretudo na Holanda, onde só entre os séculos XII e XIII se construíram 23 igrejas em sua devoção. A Igreja Católica instituiu o dia 6 de dezembro como o de sua morte, e até hoje, na Holanda, nesse dia, numa festa em sua homenagem, se presenteiam as crianças.
Os holandeses que fundaram Nova Iorque levaram para os Estados Unidos da América a veneração ao santo.
Seu nome, em várias línguas em que é cultuado, é: Saint Nicolas, Sankt Niklaus, Saint Niclaus, Sinter Klaas, Sinterklass, Santa Claus. No Brasil, é Papai Noel; em Portugal, Pai Natal; na França, Père Noël, que anda sempre acompanhado de outro velhinho, o Père Fouettard: enquanto aquele dá presentes aos meninos bonzinhos, este entrega um feixe de varinhas (“fouets”) aos meninos malcomportados, para lembrar-lhes que merecem ser punidos.
Em 1822, Clement C. Moore, no poema “The night before Christmas” (“Véspera de Natal”), descreve não só Santa Claus com roupas de pele e com um saco cheio de brinquedos nas costas, mas também o meio de transporte de Santa Claus: um trenó puxado por oito renas voadoras, cujos nomes são: Blitzen, Comet, Cupid, Dancer, Dasher, Donner, Prancer e Vixel. Em português, pela ordem, teríamos: Faiscar, Cometa, Cupido, Dançarino, Peralvilho, Trovão, Empinador e Raposa (?). Entre nomes em alemão e inglês, Vixel, acredito, talvez seja corruptela de Vixen, que, em inglês, designa a raposa.
Em 1881, Thomas Nast desenhou Santa Claus, baseado no poema de Moore, e publicou o desenho em preto e branco na capa de Natal da revista Harper’s Illustrated Weekly. A cor vermelha das roupas foi estabelecida e oficializada por Haddon Sundblom, em 1931, numa campanha publicitária da Coca-Cola.
A roupa original do Sinter Klaas holandês era uma espécie de sotaina comprida que ia do pescoço ao calcanhar. A carapuça era cônica; e a barba, em ponta.
O letrista de uma canção natalina cometeu um equívoco que passa despercebido à maioria dos que a cantam. A letra diz “Como é que o bom velhinho / não se esquece de ninguém? / Seja rico ou seja pobre, / o velhinho sempre vem”. A letra pretende dizer que não importa que a pessoa seja rica ou pobre: o velhinho sempre se lembra dela. No entanto o que a letra diz é que o velhinho, mesmo que seja rico ou pobre, sempre vem… Isto é: o “rico” ou “pobre” da letra se refere ao velhinho, não ao que é visitado por ele no dia de Natal…
No entanto, o que importa mesmo é que o bom velhinho representa o sonho das crianças, faz parte das mais queridas e gratas das nossas lembranças da infância e simboliza o espírito de fraternidade e de altruísmo que vigora no Natal…
Pena que só no Natal…

José Augusto Carvalho
Cidade de Vitória, Estado do Espírito Santo, Brasil
Migrando para este novo espaço.

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