terça-feira, 30 de setembro de 2014

11 - TUPHY, SEMPRE! * Em lágrimas




Não vou nem fico, pairo sobre as águas
limosas da lagoa verde-escura…
Com lágrimas, eu lavo as minhas mágoas
quando me dói de mais a desventura…

Morri quando na barca de Caronte
partiste para o frio esquecimento.
Agora, qualquer dia que desponte
não me dará nem luz e nem alento.

Se foi imperecível o sentido
que deste ao lucilar do setestrelo
foi porque imperecível te queria…

Caronte te levou. O sem sentido
ficou imperecível pesadelo
até que o fim sufoque esta agonia…


Lisboa, 5 de Agosto de 2011.

14 - ESCAPARATE * Pátria Transtagana


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

06 - O Livro das Reflexões de Gabriel de Fochem * XII



Ah, as coisas que eu não sei!
E, um dia, mais saberei?
Ah, mas em meu derredor,
o saber é tanto, tanto,
dum saber maior,
que, siderado, me espanto
por só saber o que sei!
E, um dia, mais saberei?
No não-saber que me cabe,
(e saber mais tanto quis!)
eu recordo a velha história
do irmão que cala o que sabe
ao que não sabe o que diz...
Ah, esta minha memória!...


José-Augusto de Carvalho
4 de Setembro de 2001 - 2 de Outubro de 2010
Viana * Évora * Portugal

03 - CAIXA POSTAL * Comunicação aos Leitores

Nesta transitoriedade em que vou, chegou o tempo de ponderar este espaço. Esta ponderação incidirá exclusivamente sobre os textos que subscrevo. Os demais são e sempre serão da responsabilidade dos seus autores.

Via de regra, escrevemos textos avulsos e textos que anunciarão(?) colectânea(s) a publicar.
Exactamente por quanto antecede, serão excluídos deste espaço os textos já publicados em livro e as colectâneas em preparação arrumadas no espaço «Meus Tempos do Verbo» (1).
Sem contradição, haverá uns poucos textos que permanecerão até ulterior ponderação.

Esta minha decisão não é determinada por interesses materiais, ainda que, em verdade, deva respeitar os interesses legítimos do editor. É determinada pela convicção de os textos editados em livro já terem cumprido o seu objectivo, devendo este espaço ficar reservado para os que pacientemente o almejam.

Além do mais, sustento que os meus textos são uma caminhada; logo os editados em livro já concluíram a jornada. Afinal, e parafraseando alguém, escrever será um constante glosar dos mesmos temas.

Espero a benevolência de quem me lê para esta minha decisão, decisão que considero acertada neste momento.

Até sempre!

José-Augusto de Carvalho


(1)- http://meustemposdoverbo.blogspot.com