O tempo que me coube são as horas
marcadas no relógio do teu peito,
exactas, sem angústias nem demoras,
suaves nesse altar de amor perfeito.
No tempo, sejam horas ou desoras,
teus braços são o ninho em que me deito,
teus olhos são as rútilas auroras
que inundam de manhãs o nosso leito.
São estas horas certas que entreteces,
determinando o tempo singular,
que dão à vida a plena dimensão.
Ah, tempo, que de vida me esmaeces!
Consente que os meus anos, no passar,
sublimem este mel no coração.
José-Augusto de Carvalho
12 de Setembro de 2004.
Viana do Alentejo * Évora * Portugal
Migrando para este novo espaço.
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Até sempre!
José-Augusto de Carvalho