Não mais o tempo em mim contou as horas.
O tempo-convenção é a medida
dos ritmos, das angústias, das demoras
caindo nas valetas, sem guarida.
O tempo-convenção é a medida
dos ritmos, das angústias, das demoras
caindo nas valetas, sem guarida.
O tempo sem medida, o tempo todo,
raiado de matizes de infinito,
acima está da náusea deste lodo,
lá onde o gosto a fel é interdito.
Descer ao tempo ignaro, ao ventre escuro,
de escórias prenhe, é reduzir o ser
ao magma informe e frio de um monturo,
representar a farsa do não-ser…
Meu tempo, que sem portas e sem horas,
em mim, noivado lírio, livre moras…
José-Augusto de Carvalho
Viana*Évora*Portugal
Migrando para este novo espaço.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta e reclamo das demais idêntica postura. E porque assim é, não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta postura.
Até sempre!
José-Augusto de Carvalho