No meu acontecer,
fui o que pude ser...
*
*
Ergui-me, deserdado.
A certeza enfrentei
do tempo encarcerado...
E sem arma nem lei!
*
*
No escuro mergulhei,
onde o tempo ultrajado
impunha o ser negado...
E sem arma nem lei!
*
*
Não traí nem neguei.
Fui no verbo jurado
o tempo conjugado...
E sem arma nem lei!
*
*
*
*
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 15 de Fevereiro de 1997
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