Por limpas e montados e olivedos,
perdi-me, num febril desassossego.
Por entre sombras, reprimi os medos.
Exausto, a casa, finalmente chego.
Salvei-me de armadilhas e emboscadas.
Em noites de vigília, fui maltês.
Atento, em todas as encruzilhadas,
pesava um passo só de cada vez.
Jazia o tempo em torva prostração.
E, dia a dia, em pérfido declínio,
era imolado em aras de aflição.
Mas quanto mais sofria o seu domínio,
mais resistia à raiva e à rendição
e livre alvorecer era um fascínio!
Gabril de Fochem
Lisboa, 2 de Maio de 1996.
Lisboa, 2 de Maio de 1996.
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José-Augusto de Carvalho