Deserto de silêncio que não venço.
Areias de miragens e desdém.
O verbo de incerteza e dor suspenso
da força da vontade que não vem.
Da força de vontade que não minha,
que este suor me empapa inteiro o rosto...
A minha parte dou da nossa vinha
e as uvas que pisei e já são mosto...
Até ao fim será este o caminho.
A dúvida recuso se perpassa
e tenta me toldar o racicocínio.
Que cheiro a vinho novo! Santo vinho!
Homem, ergue bem alto a tua taça
e envolve a terra e o céu no teu fascínio!
José-Augusto de Carvalho
27 de Janeiro de 1997.
Viana * Évora * Portugal
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José-Augusto de Carvalho