São estes campos doídos,
sempre a dizerem que não
aos nossos braços caídos
por sem trabalho nem pão...
É este arame farpado
a prender o nosso chão,
como se fosse um danado
campo de concentração...
É esta dor ferrugenta
minando os nossos arados...
É esta terra sedenta
dos trigais já condenados...
É esta angústia de ser,
morrendo sem se render...
José-Augusto de Carvalho
22 de Abril de 1998.
Viana*Évora*Portugal
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José-Augusto de Carvalho