A angústia dos arquivos, o vazio...
Doendo um tempo sórdido e sombrio...
Escrevo os gritos nas paredes frias
e a minha voz ecoa pelas ruas...
Inertes, no silêncio, as sombras nuas
um medo sacralizam, de agonias...
Profana, impura e vil é esta argila,
moldada p'la distância imersa em mitos...
Quem dorme o pesadelo dos proscritos
e bebe o fel que a negação destila?
Em autos de má fé, os meus tiranos
a cinza me reduzem com seus medos...
E grito e morro em dor e desenganos...
E impunes, nos arquivos, os segredos...
José-Augusto de Carvalho
11 de Fevereiro de 1997.
Viana*Évora*Portugal
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José-Augusto de Carvalho