Torre de Belém, Lisboa, foto internet
Deste cais de partida, diviso,
na distância, a promessa jurada.
Que ansiedade em minh'alma preciso
e me arranca das névoas do nada!
*
*
Em redor, o abandono ferido...
Onde o sal, onde o iodo destas águas?
E a guitarra de cordas de mágoas
derramando insistente gemido!...
*
*
Venham medos, angústias, procelas!...
Venham céus de negrume, sem astros!
Venha, até, o que nem imagino!...
*
*
Ai, se os ventos rasgarem as velas!...
Ai, se inúteis me forem os mastros,
que se cumpra este mar --- meu destino!
José-Augusto de Carvalho
23 de Agosto de 2010.
Viana*Évora*Portugal
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José-Augusto de Carvalho