Na palavra é que vou e me enfrento,
neste outono amarelo da vida.
Nas rajadas infrenes do vento
meu destino de folha caída.
No bornal, a palavra atrevida
na saudade que ainda acalento:
primavera no sonho tecida
com delírios de sal e fermento.
Ajudando o meu passo indeciso,
o cajado me ampara e tacteia
o caminho que experto preciso.
Só o sol, que no céu alardeia
egotismos de instante Narciso,
se diverte e de luz me encandeia.
José-Augusto de Carvalho
Viana de Fochem
18 de Outubro de 2009
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José-Augusto de Carvalho