As grades nas janelas.
O plúmbeo das vidraças.
As hirtas sentinelas.
As vagas luzes baças.
Novelos de água densa.
O frio rodopio.
A túnica suspensa
do corpo-desafio.
As ondas de outros mares.
Os gritos sufocados.
Os medos nos esgares
dos barcos ancorados.
As bússolas incertas.
À tona as caravelas.
As mágoas descobertas,
velórios de outras velas.
Silêncio, escuro, nada.
Farol na tempestade.
Sem cor nem claridade,
a lâmpada apagada.
Mataram Aladim.
Mataram a essência.
Nem chamam mais por mim
meus sonhos de inocência...
José-Augusto de Carvalho
10 de Outubro de 2002.
Viana*Évora*Portugal
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Até sempre!
José-Augusto de Carvalho