Não são lendários os fantasmas de ontem,
que assombram os castelos em ruínas...
Qualquer que seja o tempo a que remontem
és sempre tu que em nós te determinas.
No pó que sob as pedras arrefece
e é cinza na lembrança que perdura,
germina a claridade que nos tece
nas sombras frias desta noite escura.
No todo somos tempo em movimento.
A rotação da Terra gera os dias,
a translação da Terra gera os anos...
Nas ânsias, nas angústias, o memento
cavalga no silvar das ventanias
e irrompe p'los recônditos arcanos.
José-Augusto de Carvalho
15 de Novembro de 2006
Viana de Fochem* Évora * Portugal
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José-Augusto de Carvalho