Sem manta por abrigo,
o céu sobre o meu dorso,
à deriva, prossigo.
Sem medo nem esforço.
À chuva, ao frio, ao sol,
instante o movimento.
Se o chão é lamacento,
não temo que me atole
buscando outro mais firme.
Comigo na bagagem,
pressinto diluir-me
no todo da paisagem.
E a singularidade
da minha condição
perde-se na voragem
duma pluralidade
onde as partes do todo
se esbatem nos devires do lodo...
Infinitude e caos - constante mutação.
José-Augusto de Carvalho
21 de Setembro de 2001 - 4 de Outubro de 2010
Viana * Évora * Portugal
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José-Augusto de Carvalho