quinta-feira, 21 de abril de 2011

06 - O Livro das Reflexões de Gabriel de Fochem * IV


Se tudo se transforma,
sem nunca adulterar a sua essência,
a massa que me enforma
é, transitória, apenas a aparência
efémera, mas viva e definida,
no caos perene e cósmico da Vida.

Talvez eu venha a ser um doce fruto
da planta que o meu corpo, em cinzas frias,
um dia, fertilize, em nova senda...
E eu possa, neste anelo de absoluto,
ser novo alor das tuas energias,
em tarde amena, à hora da merenda...

José-Augusto de Carvalho
1 de Agosto de 2001-29 de Setembro de 2010
Viana*Évora*Portugal

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