sábado, 7 de março de 2015

36 - TEMPO DE SORTILÉGIO * Um entre tantos...





De esperas é meu tempo de esperança.

A sede sempre em busca de alvas fontes.

Os astros tremeluzem fulva dança.

Meus olhos são da cor dos horizontes.



Meus passos rasgam rotas no caminho.

Dos astros que me guiam sou devoto.

Ai, que me importa o vento em torvelinho

se sou, transfigurado, o longe ignoto?



O tempo por mim passa e me consome

e pelo tempo eu passo e quero ser,

efémero no ser, o movimento.



Um entre tantos, sou só mais um nome

enquanto quem me quer não me esquecer,

enquanto houver canções na voz do vento.





José-Augusto de Carvalho
7 de Fevereiro de 2005.
Viana*Évora*Portugal

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