Que
distracção! Confesso o meu pecado
de ter
nascido sem pedir licença.
Dos
longes donde vim, maravilhado,
nascer não
é pecado nem ofensa.
Dos
longes donde vim, na graça imensa,
nascer é
o milagre revelado.
No
grito da promessa, a recompensa
do sonho
feito verbo conjugado.
Pecado
é não cumprir a lei da vida,
é dizer
não ao sol que inventa o dia
e à
noite debruada de luar.
Pecado
é esta lei animicida,
no sonho
aniquilando a melodia
e o meu
direito vivo de cantar.
José-Augusto
de Carvalho
9 de
Novembro de 2003.
Várzea,
São Pedro do Sul
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José-Augusto de Carvalho