Vestida de papoilas, me sorrias...
Aurora em sangue, o grito da manhã!
Chegavas do Jardim. Nas mãos trazias,
p'ra mim, intacta, a mítica maçã.
Olhei-te no milagre que te trouxe.
As dúvidas p'ra longe arremessei.
Maná ou perdição, fosse o que fosse,
abri a boca, em êxtase, e trinquei.
Senti um gosto azul, a firmamento,
lavado dum perfume de alfazema,
um néctar palestino de vindima.
Em cantilena pura, a voz do vento.
louvava em versos de oiro o teu poema,
e flor só quis amor em vida e rima.
José-Augusto de Carvalho
12 de Março de 2005.
Viana*Évora*Portugal
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José-Augusto de Carvalho