Para o poeta José
Ferreira Marques de Sousa
De barro e de água, a
massa a modelar.
Artista, a mão ensaia
conceber.
No céu, azul, o manto
tutelar.
Humana, a vida vai
acontecer.
Milagre foi a luz no
meu olhar.
Desgraça o nunca ter
sabido ver.
Do medo fiz a pedra
de um altar…
E nem assim me soube
merecer.
Deixei a vida em mim
entretecer
a malha carmesim, em
avatar
ferido só de nada e
de não-ser.
E desde a queda,
expulso do meu lar,
até ao fim do meu
acontecer,
apóstata, persisto em
me negar…
José-Augusto de
Carvalho
25 de Janeiro de
2004.
Viana*Évora*Portugal
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José-Augusto de Carvalho