Neste poço há uma nora
de alcatruzes de saudade,
onde ainda o tempo chora
o candor de Xerazade...
A princesa muçulmana
sobrevive enfeitiçada
nestas terras de Viana,
numa nora abandonada...
Numa nora abandonada,
nestas terras de Viana,
sobrevive enfeitiçada
a princesa muçulmana...
É quando o vento suão
até à sombra assa canas,
que dói mais a solidão
nas terras alentejanas.
Versos José-Augusto de Carvalho
Talvez projecto, exactamente por ser uma pretensão lançada assim desamparada, é a tentativa de apresentar textos inéditos que poderão enriquecer (?) o património dos cantares populares do Alentejo. Que valha a intenção.
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Procuro ser uma pessoa honesta e reclamo das demais idêntica postura. E porque assim é, não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta postura.
Até sempre!
José-Augusto de Carvalho