A paz pedi, trouxeram-me o confito.
No meu jardim, secaram já os cravos.
Restaram-me, na vida, os desagravos
que irrompem do feitiço em que acredito.
Feitiço dos Jardins da Babilónia,
suspensos do esplendor que determina
que eu seja, para além, da minha insónia,
o grito que se encontra em cada rima.
E quando, à luz serena do luar,
a noite se derriça, enamorada,
eu sinto, em meu sonhar, um madrigal...
E os versos com que teço o meu cantar
são fios de brancura imaculada
de um lustre enluarado de cristal.
José-Augusto de Carvalho
7 de Junho de 2011.
Viana*Évora*Portugal
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