Nas tuas mãos, a pedra do feitiço
refulge, incandescente, em tons vermelhos.
Travessos, os teus olhos, num derriço,
divertem-se no jogo dos espelhos...
De ti, desvio os olhos, contrafeito,
num ar de adolescente insegurança,
ainda que, a saltar dentro do peito,
meu coração ensaie ardente dança.
E tento adivinhar, numa aflição,
se te divertes ou se me escarneces.
E o tempo pára, numa assombração!
E, despeitado, eu sou quem não mereces,
um sonho de fascínio e tentação
que morre porque em mim te desvaneces...
4 de Setembro de 2007.
Viana do Alentejo * Évora * Portugal
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José-Augusto de Carvalho