Aqui fica uma sugestão de leitura de qualidade.
Abaixo da imagem, incluo um poema deste livro, poema que servirá de aperitivo aos leitores deste blogue.
Saudações cordiais.
José-Augusto de Carvalho
14 de Novembro de 2014.
Viana*Évora*Portugal
AS PAPOILAS
A noiva não mostra um arrumado bouquet
de espampanantes papoilas, mas de rosas.
Ainda que estas sejam só para quem vê
e a brava flor a chama íntima das fogosas.
Mas se mentir quiser a noiva prazenteira
pode, sobre o ventre inchado, qual balão,
decorar-se de casto ramo de oliveira
mas papoilas é que não, papoilas é que não!
Quando muito, estrelícias, verde rama ou goivos,
gerbérias, buganvílias, espigas férteis, loiras,
que dão realce às flores e dão aos noivos,
mas nunca a cor e a lascívia das papoilas.
Sou seu devoto, além do trigo nas searas,
quando rompem vermelhas ao sabor do vento,
cravos da mesma cor e outras menos raras,
mas isso é com outro fim; de outro casamento...
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José-Augusto de Carvalho