Da colheita de Maio Maduro,
Quanto baste de alento e de alvura.
Mitigar minha sede procuro
Na cisterna de chuva água pura.
Na farinha e na chuva que amasso,
Minha fome modela o sustento.
É da Terra e do Céu este abraço
Onde crio o que sou no que faço.
Tudo em mim é a soma do todo,
Que é de pó e que é de água – este lodo,
Num pedaço de céu que me acena…
E assim vou, perseguindo este rastro
Que lucila a saudade de um astro,
Nesta cósmica angústia terrena…
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 13 de Dezembro de 2010.
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