quarta-feira, 10 de agosto de 2011

11 - TUPHY, SEMPRE! * Em lágrimas



Não vou nem fico, pairo sobre as águas
Limosas da lagoa verde-escura…
Com lágrimas, eu lavo as minhas mágoas
Quando me dói de mais a desventura…


Morri quando na barca de Caronte
Partiste para o frio esquecimento.
Agora, qualquer dia que desponte
Não me dará nem luz e nem alento.


Se foi imperecível o sentido
Que deste ao lucilar do setestrelo
Foi porque imperecível te queria…


Caronte te levou. O sem sentido
Ficou imperecível pesadelo
Até que o fim sufoque esta agonia…


Lisboa, 5 de Agosto de 2011

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José-Augusto de Carvalho