Para Conceição di Castro
Naquele dia, um sol de outono austral
vestiu a cor de um Dia de Natal.
Suave, de matizes amarelos,
dourava de ternura o mês de abril.
Aqui e ali, revérberos de anelos
de uma pureza grácil e infantil.
Folgavam pelos céus os passarinhos,
às vezes arriscando acrobacias,
quem sabe pesquisando alguns caminhos
das rotas inventadas de outros dias...
E, assim, aquele dia de esplendor,
ao sol da vida ousou e foi a tela
que o génio sublimado de um pintor
reteve numa cândida aguarela.
José-Augusto de Carvalho
20 de Abril de 2007.
Viana * Évora * Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta e reclamo das demais idêntica postura. E porque assim é, não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta postura.
Até sempre!
José-Augusto de Carvalho